Que tal renovar o que você já tem e ainda poupar com isso?
Após o boom do acesso ao crédito que o Brasil passou há alguns anos atrás, com queda nas taxas de juros e ofertas ativas pelos bancos comerciais ao mercado consumidor, o brasileiro viu-se endividado e cheio de coisas que comprou por impulso e sem necessidade. Claro que houve casos em que o uso do crédito foi consciente e muita gente aproveitou para realizar o sonho da casa própria, por exemplo.
Com a queda do poder de compra, aumento da projeção do desemprego e o cenário que veio se desenhando no país, os consumidores reduziram o valor gasto na compra de novos artigos – isso em parte vem do consumo consciente, do maior acesso à educação financeira, em parte pela falta de crédito e ainda pela inadimplência, o que dificulta a possibilidade de novas compras parceladas. Então aquilo que antes poderia ser considerado mais fácil de comprar não pode mais ser comprado conta tanta facilidade assim.
É nessas horas que temos que incorporar uma das maiores características do brasileiro: a criatividade!
Criar novas possibilidades, reutilizar o que já temos e isso tudo estar em sintonia com a sustentabilidade pode ser uma boa saída para o nosso bolso no momento.
Segundo pesquisa divulgada pelo Sebrae, o mercado de brechós cresceu 210% no Brasil nos últimos 5 anos e a procura por reformas e consertos de roupas, sapatos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos também aumentou consideravelmente.
A maior parte das pessoas ainda pode achar mais fácil comprar algo novo quando um artigo estraga, mas poucas pessoas sabem o que fazer com o artigo velho que ficou. Para ter uma ideia, se a sua sanduicheira estragou, é possível encontrar uma sanduicheira nova por R$ 48,00 – e até por menos. A avaliação que muitos fazem é a de que vale mais a pena pagar por uma sanduicheira nova, a pesquisar onde fica a assistência técnica, e ter de ir até lá para deixar, fazer orçamento, voltar para buscar, etc., sem falar que o problema já se resolve por si mesmo ao comprar uma nova. E realmente é mais fácil. Mas e depois? O que fazer com este aparelho que não funciona mais? Vai para o lixo?
De uns tempos pra cá, resolvi que iria consertar as coisas ao invés de comprar novas e assim já foi uma tv que estava estragada, a geladeira que poderia ser considerada velha, roupas e calçados que foram consertados.
O serviço de sapateiro foi o que utilizei recentemente para consertar de 3 botas (que AMO!) que estavam paradas no armário. Fui fazer uma limpeza e resolvi que ia dar vida nova a elas! E refletindo sobre os valores gastos, saiu isso:
Aqui estão os preços pago por cada uma na época (sempre gostei de pechincha!):
Aqui estão os preços pago por cada uma na época (sempre gostei de pechincha!):
– Bota preta baixa – paguei R$ 79,90, na Renner, em 2008.
– Bota bege cano e salto alto – paguei R$ 89,90, em alguma loja do Centro de Porto Alegre, em 2008.
– Bota marrom em couro, ganhei de presente então não sei o preço.
Essas peças, que eu amo, e que deixei paradas no armário por um bom tempo, no conserto saíram por R$ 50,00! Isso incluiu trocar o solado de um bota, colar e trocar o salto de outra e outras coisinhas… Eu adorei ter feito isso, pois é como se tivesse de volta 3 calçados novos, que eu amo e super usáveis! Assim evita a minha necessidade de comprar novos calçados! Esse não seriam usados nem para doação… Esse foi só um exemplo.
O bolso e o planeta agradecem!
Bejios!
A Economista de Batom